sábado, 30 de abril de 2011

Encáustica - uma técnica fascinante!


Encáustica (deriva do grego enkausticos= gravar a fogo) é uma técnica de pintura que se caracteriza pelo uso da cera como aglutinante dos pigmentos e pela mistura densa e cremosa.

A pintura é aplicada com pincel ou com uma espátula quente. É uma técnica muito resistente, bastando ver a quantidade de pinturas que resistiram ao tempo e chegaram até nós.

História
A encáustica é uma técnica conhecida e utilizada desde a Antigüidade. Os romanos e os gregos usavam-na muito. Plínio o Velho, descreve o uso da encáustica sobre o marfim, técnica que já então era considerada antiga. Ele também conta como é uma boa técnica para rematar a fabricação de um barco por ser muito dura e resistente ao sal e às intempéries.

Na região de Fayum, norte do Egito, descobriram-se retratos de grande força expressiva, em sarcófagos de madeira, realizados em encáustica, com datação dos séculos I e II. Também alguns murais descobertos em Pompéia são feitos com essa técnica.

No começo da Idade Média também é usada, e, mais tarde, no Oriente e no âmbito cristão, é o procedimento mais utilizado para elaborar os ícone. Um bom exemplo de ícone em encáustica é o da Virgem entronizada com o Menino Jesus do Mosteiro Ortodoxo de Santa Catarina do monte Sinai, no Egito.

Durante os séculos seguintes e a partir do VIII e do IX esta técnica cai em desuso até que reaparece nos séculos XVIII e XIX, especialmente na Inglaterra e França. O pintor francês Eugène Delacroix utiliza em muitas de suas obras algumas cores previamente misturadas com cera.

A encáustica também é usada por artistas do século XX, como Jasper Johns e Mauricio Toussaint.

Preparação
A preparação era feita misturando-se cera com pigmentos coloridos a uma solução que se obtinha com as cinzas de madeira e água (solução alcalina de carbonato e bicarbonato de potássio ou de sódio). A esta combinação misturava-se cola ou resina. Esquentava-se a superfície a pintar e também as espátulas. Às vezes fazia-se primeiro a base gravando-a com a espátula quente e depois enchia-se a incisões com o preparado de pintura.

Nos últimos anos a técnica tem ganhado grande destaque, agora com instrumentos mais modernos, como braseiros elétricos e maçaricos. Os materias também sofreram adaptações, sendo usadas a cera de abelha refinada, a cera de damar, a parafina e a cera de carnaúba. 

Os suportes usado são a parede de alvenaria, as placas de madeira e, atualmente, a tela.


Amigos,

Há muito o que se falar sobre a encáustica. Por agora, espero apenas ter despertado o interesse de todos por mais informações sobre essa técnica maravilhosa. 
Aproveito então, para colocar alguns vídeos que encontrei no Youtube. Uma forma de apresentar essa arte para aqueles que ainda não a conhecem.


sexta-feira, 29 de abril de 2011

E o conto de fadas virou realidade...

Hoje foi celebrado o lindo casamento de William e Kate.  É a realização do famoso conto de fadas, onde uma linda moça se casa com um garboso príncipe!

Pessoas do mundo inteiro acompanharam a cerimônia e se emocionaram junto com os noivos, desejando-lhes certamente, uma vida longa e muito feliz!

Uma data tão especial para a realeza inglesa e seus súditos, será lembrada por muitos e muitos anos e não são poucas as formas encontradas para homenagear essa linda união.

 Eu escolhi mostrar para vocês as lindas porcelanas que foram criadas para registrar esse grande acontecimento.











quarta-feira, 27 de abril de 2011

A arte de Kim Roberti.

Hoje, quero mostrar para vocês as belas pinturas da artista Kim Roberti.

Ela diz que ama pintar e a tarefa interminável de explorar os elementos abstratos de linhas, formas, valores, cores, texturas e bordas.

Suas telas são cheias de cor, alegria e emoção... em pinceladas inconfundíveis!

Pra vocês, um pouco do talento dessa artista fantástica!





 










Poderão ainda visitar seu blog para conhecer mais pinturas maravilhosas:

http://kimsartblog.blogspot.com/

Pintando orquídeas com Barbara Duncan.

Que tal assistir uma aula de pintura em porcelana com a Barbara Duncan?  Deve ser um sonho não é mesmo?  

Mas, enquanto isso não é possível pessoalmente, podemos faze-lo através de vídeo.  
Encontrei alguns no Youtube e estou postando para o deleite dos amantes da arte em porcelana.

Lindo dia a todos!


terça-feira, 26 de abril de 2011

Simbologia das Cores.


  Olá amigos,

Encontrei um texto que fala das cores e os diferentes efeitos psicológicos que causam sobre as pessoas.
Achei bem interessante, por isso, estou postando para vocês.

Vejam a seguir: 

Vermelho é paixão, entusiasmo, encontro entre pessoas. Estimula ações agressivas;

Amarelo é concentração, disciplina, comunicação, ativa o intelecto. Está associado a positividade e a boa sorte;

Laranja é equilíbrio, generosidade, entusiasmo, alegria. Alem de ser atraente e aconchegante;

Verde é esperança, abundancia, cura. Estimula momentos de paz e equilíbrio. É a cor da revelação;

Azul é purificação, expulsa energias negativas. Favorece a amabilidade, a paciência a serenidade. Estimula a busca da verdade interior;

Lilás é a cor que tem mais influencia em emoções e humores. Também está ligada a intuição e a espiritualidade;

Branco é purificador e transformador. Representa a perfeição e o amor divino. Estimula a imaginação e a humildade. Produz a sensação de limpeza e claridade, alem de frieza e esterilidade;

Preto, pode ser representado como uma capa de aço, onde aquilo que está dentro não sai e aquilo que está fora não entra.

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Vida e obra de Tarcila do Amaral.



Tarsila do Amaral: uma das principais representantes do modernismo brasileiro



INFÂNCIA E APRENDIZADO
Tarsila do Amaral nasceu em 1 de setembro de 1886, no Município de Capivari, interior do Estado de São Paulo. Filha do fazendeiro José Estanislau do Amaral e de Lydia Dias de Aguiar do Amaral, passou a infância nas fazendas de seu pai. Estudou em São Paulo, no Colégio Sion e depois em Barcelona, na Espanha, onde fez seu primeiro quadro, 'Sagrado Coração de Jesus', 1904. Quando voltou, casou-se com André Teixeira Pinto, com quem teve a única filha, Dulce.
Separaram-se alguns anos depois e então iniciou seus estudos em arte. Começou com escultura, com Zadig, passando a ter aulas de desenho e pintura no ateliê de Pedro Alexandrino em 1918, onde conheceu Anita Malfatti. Em 1920, foi estudar em Paris, na Académie Julien e com Émile Renard. Ficou lá até junho de 1922 e soube da Semana de Arte Moderna (que aconteceu em fevereiro) através das cartas da amiga Anita Malfatti. Quando voltou ao Brasil, Anita a introduziu no grupo modernista e Tarsila começou a namorar o escritor Oswald de Andrade. Formaram o grupo dos cinco: Tarsila, Anita, Oswald, o também escritor Mário de Andrade e Menotti Del Picchia. Agitaram culturalmente São Paulo com reuniões, festas, conferências. Tarsila disse que entrou em contato com a arte moderna em São Paulo, pois antes ela só havia feito estudos acadêmicos. Em dezembro de 22, ela voltou a Paris e Oswald foi encontrá-la.

1923
Neste ano, Tarsila encontrava-se em Paris acompanhada do seu namorado Oswald. Conheceram o poeta franco suíço Blaise Cendrars, que apresentou toda a intelectualidade parisiense para eles. Foi então que ela estudou com o mestre cubista Fernand Léger e pintou em seu ateliê, a tela 'A Negra'. Léger ficou entusiasmado e até chamou os outros alunos para ver o quadro. A figura da Negra tinha muita ligação com sua infância, pois essas negras eram filhas de escravos que tomavam conta das crianças e, algumas vezes, serviam até de amas de leite. Com esta tela, Tarsila entrou para a estória da arte moderna brasileira. A artista estudou também com Lhote e Gleizes, outros mestres cubistas. Cendrars também apresentou a Tarsila pintores como Picasso, escultores como Brancusi, músicos como Stravinsky e Eric Satie. E ficou amiga dos brasileiros que estavam lá, como o compositor Villa Lobos, o pintor Di Cavalcanti, e os mecenas Paulo Prado e Olívia Guedes Penteado.
Tarsila oferecia almoços bem brasileiros em seu ateliê, servindo feijoada e caipirinha. E era convidada para jantares na casa de personalidades da época, como o milionário Rolf de Maré. Além de linda, vestia-se com os melhores costureiros da época, como Poiret e Patou. Em uma homenagem a Santos Dumont, usou uma capa vermelha que foi eternizada por ela no auto-retrato 'Manteau Rouge', de 1923. 

PAU BRASIL
Em 1924, Blaise Cendrars veio ao Brasil e um grupo de modernistas passou com ele o Carnaval no Rio de Janeiro e a Semana Santa nas cidades históricas de Minas Gerais. No grupo estavam além de Tarsila, Oswald, Dona Olívia Guedes Penteado, Mário de Andrade, dentre outros. Tarsila disse que foi em Minas que ela viu as cores que gostava desde sua infância, mas que seus mestres diziam que eram caipiras e ela não devia usar em seus quadros. 'Encontei em Minas as cores que adorava em criança. Ensinaram-me depois que eram feias e caipiras. Mas depois vinguei-me da opressão, passando-as para as minhas telas: o azul puríssimo, rosa violáceo, amarelo vivo, verde cantante, ...' E essas cores tornaram-se a marca da sua obra, assim como a temática brasileira, com as paisagens rurais e urbanas do nosso país, além da nossa fauna, flora e folclore. Ela dizia que queria ser a pintora do Brasil. E esta fase da sua obra é chamada de Pau Brasil, e temos quadros maravilhosos como 'Carnaval em Madureira', 'Morro da Favela', 'EFCB', 'O Mamoeiro', 'São Paulo', 'O Pescador', dentre outros.
Em 1926, Tarsila fez sua primeira Exposição individual em Paris, com uma crítica bem favorável. Neste mesmo ano, ela casou-se com Oswald (o pai de Tarsila conseguiu anular em 1925 o primeiro casamento da filha para que ela pudesse se casar com Oswald). Washington Luís, o Presidente do Brasil na época e Júlio Prestes, o Governador de São Paulo na época, foram os padrinhos deles.

ANTROPOFAGIA
Em janeiro de 1928, Tarsila queria dar um presente de aniversário especial ao seu marido, Oswald de Andrade. Pintou o 'Abaporu'. Quando Oswald viu, ficou impressionado e disse que era o melhor quadro que Tarsila já havia feito. Chamou o amigo e escritor Raul Bopp, que também achou o quadro maravilhoso. Eles acharam que parecia uma figura indígena, antropófaga, e Tarsila lembrou-se do dicionário Tupi Guarani de seu pai. Batizou-se o quadro de Abaporu, que significa homem que come carne humana, o antropófago. E Oswald escreveu o Manifesto Antropófago e fundaram o Movimento Antropofágico. A figura do Abaporu simbolizou o Movimento que queria deglutir, engolir, a cultura européia, que era a cultura vigente na época, e transformá-la em algo bem brasileiro.
Outros quadros desta fase Antropofágica são: 'Sol Poente', 'A Lua', 'Cartão Postal', 'O Lago', 'Antropofagia', etc. Nesta fase ela usou bichos e paisagens imaginárias, além das cores fortes.
A artista contou que o Abaporu era uma imagem do seu inconsciente, e tinha a ver com as estórias de monstros que comiam gente que as negras contavam para ela em sua infância. Em 1929 Tarsila fez sua primeira Exposição Individual no Brasil, e a crítica dividiu-se, pois muitas pessoas ainda não entendiam sua arte.
Ainda neste ano de 1929, teve a crise da bolsa de Nova Iorque e a crise do café no Brasil e assim a realidade de Tarsila mudou. Seu pai perdeu muito dinheiro, teve as fazendas hipotecadas e ela teve que trabalhar. Separou-se de Oswald.

SOCIAL E NEO PAU BRASIL
Em 1931, já com um novo namorado, o médico comunista Osório Cesar, Tarsila expôs em Moscou. Ela sensibilizou-se com a causa operária e foi presa por participar de reuniões no Partido Comunista Brasileiro com o namorado. Depois deste episódio, nunca mais se envolveu com política. Em 1933 pintou a tela 'Operários'. Desta fase Social, temos também a tela 'Segunda Classe'. A temática triste da fase social não fazia parte de sua personalidade e durou pouco em sua obra. Ela acabou com o namoro com Osório, e em meados dos anos 30, Tarsila uniu-se com o escritor Luís Martins, mais de vinte anos mais novo que ela. Ela trabalhou como colunista nos Diários Associados por muitos anos, do seu amigo Assis Chateaubriand. Em 1950, ela voltou com a temática do Pau Brasil e pintou quadros como 'Fazenda', 'Paisagem ou Aldeia' e 'Batizado de Macunaíma'. Em 1949, sua única neta Beatriz morreu afogada, tentando salvar uma amiga em um lago em Petrópolis.
Tarsila participou da I Bienal de São Paulo em 1951, teve sala especial na VII Bienal de São Paulo, e participou da Bienal de Veneza em 1964. Em 1969, a mestra em história da arte e curadora Aracy Amaral realizou a Exposição, 'Tarsila 50 anos de pintura'. Sua filha faleceu antes dela, em 1966.
Tarsila do Amaral faleceu na cidade de São Paulo em 17 de janeiro de 1973. A grandiosidade e importância de seu conjunto artístico a tornou uma das grandes figuras artísticas brasileiras de todos os tempos.

Características de suas obras

- Uso de cores vivas
- Influência do cubismo (uso de formas geométricas)
- Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil
- Estética fora do padrão (influência do surrealismo na fase antropofágica)

Principais obras:

- Auto-retrato (1923)
- Retrato de Oswald de Andrade (1923)
- Estudo (Nú) (1923)
- São Paulo – Gazo (1924)
- Antropofagia (1929)
- A Cuca (1924)
- Pátio com Coração de Jesus (1921)
- Chapéu Azul (1922)
- Auto-retrato (1924)
- O Pescador (1925)
- Manteau Rouge (1923)
- A Negra (1923)
- São Paulo (1924)
- Morro da Favela (1924)
- A Família (1925)
- Vendedor de Frutas (1925)
- Paisagem com Touro (1925)
- Religião Brasileira (1927)
- O Lago (1928)
- Coração de Jesus (1926)
- O Ovo ou Urutu (1928)
- A Lua (1928)
- Abaporu (1928)
- Cartão Postal (1928)
- Operários (1933)




 
 Fonte:   http://www.tarsiladoamaral.com.br/biografia_resumida.html