terça-feira, 31 de dezembro de 2013

Conhecendo um pouco sobre a artista Beatriz Milhazes.

Beatriz Ferreira Milhazes - pintora, gravadora, ilustradora e professora -,  nasceu no Rio de Janeiro em 1960.   
Forma-se em comunicação social pela Faculdade Hélio Alonso, no Rio de Janeiro, em 1981. Inicia-se em artes plásticas ao ingressar na Escola de Artes Visuais do Parque Lage (EAV/Parque Lage), em 1980, onde mais tarde leciona e coordena atividades culturais. Além da pintura, dedica-se também à gravura e à ilustração. 
De 1995 a 1996, cursa gravura em metal e linóleo no Atelier 78, com Solange Oliveira e Valério Rodrigues e, em 1997, ilustra o livro As Mil e Uma Noites à Luz do Dia: Sherazade Conta Histórias Árabes, de Katia Canton. Beatriz Milhazes participa das exposições que caracterizam a Geração 80 - grupo de artistas que buscam retomar a pintura em contraposição à vertente conceitual dos anos de 1970, e tem por característica a pesquisa de novas técnicas e materiais. 
Sua obra faz referências ao barroco, à obra de Tarsila do Amaral (1886-1973) e Burle Marx (1909-1994), à padrões ornamentais e à art déco. 
Entre 1997 e 1998, é artista visitante em algumas universidades dos Estados Unidos. A partir dos anos 1990, destaca-se em mostras internacionais nos Estados Unidos e Europa e integra acervos de museus como o Museum of Modern Art (MoMa), Solomon R. Guggenheim Museum e The Metropolitan Musem of Art (Met), em Nova York.

Comentário Crítico
Beatriz Milhazes, entre 1981 e 1982, estuda pintura na Escola de Artes Visuais do Parque Lage - EAV/Parque Lage, na qual, mais tarde, leciona. Participa, em 1984, da exposição Como Vai Você, Geração 80? 
Na opinião do crítico Frederico Morais, a artista revela, desde o início da carreira, a vontade de enfrentar a pintura como fato decorativo, aproximando-se da obra de artistas como Henri Matisse (1869-1954). Interessa-se pela profusão da ornamentação barroca, sobretudo pelo ritmo dos arabescos e pelos motivos ornamentais presentes na obra de Guignard (1896-1962).
Suas obras da década de 1980 revelam uma tensão entre figura e fundo, entre representação e ornamentalismo. Posteriormente, faz opção por uma pintura de caráter decididamente bidimensional. Beatriz Milhazes revela sensibilidade no uso da cor, como nas obras O Príncipe Real (1996) ou As Quatro Estações (1997). Na tela Mares do Sul (2001) estabelece um jogo com o gênero da paisagem. Em trabalhos mais recentes, utiliza constantemente formas como estrelas e espirais e as cores tornam-se mais luminosas, como em Nazaré das Farinhas (2002).

A artista trabalha freqüentemente com formas circulares, sugerindo deslocamentos ora concêntricos ora expansivos. Na maioria dos trabalhos, prepara imagens sobre plástico transparente, que são descoladas, como películas, e aplicadas na tela por decalque. Aglomera as imagens, preenchendo o fundo e retocando a imagem final. Os motivos e as cores são transportados para a tela por meio de colagens sucessivas, realizadas com precisão. A transferência das imagens da superfície lisa para a tela faz com que a gestualidade seja quase anulada. A matéria pictórica obtida por numerosas sobreposições não apresenta, entretanto, nenhuma espessura: os motivos de ornamentação e arabescos são colocados em primeiro plano. O olhar do espectador é levado a percorrer todas as imagens, acompanhando a exuberância gráfica e cromática presente em seus quadros.



                                    Fonte: http://www.itaucultural.org.br

 
Agora que conheceram um pouco da história dessa artista brasileira, considerada a artista viva mais cara do Brasil, vejam algumas imagens de suas pinturas incríveis!  




 

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